Doze equipamentos simples que todo carro deveria ter
Em alguns casos, nem os custos podem ser usados como justificativa
Ajuste de altura para o cinto de segurança
O interior é (ou deveria ser) projetado para oferecer ergonomia adequada para pessoas de qualquer estatura. Por isso, regulagem de altura no banco e no volante são importantes, mas não tanto quanto o ajuste de altura para o cinto de segurança.
Sem ele, há chances de o cinto passar rente ao pescoço mesmo quando tem ajuste de inclinação. Essa falta é percebida em carros de vários segmentos, como o Volkswagen Up!, o Chevrolet Cruze e até o novo Land Rover Discovery.
Porta USB
Foi-se o tempo em que o USB servia para conectar a impressora ao computador. Hoje, essa conexão é fundamental mesmo em automóveis: você a usa para ouvir músicas de dispositivos móveis e carregar o smartphone (que insiste em ficar com a bateria nas últimas).
Mas o Up! com central Maps&More e o Audi A3 (até a linha 2016) não oferecem nenhuma entrada USB. O jeito é comprar um adaptador para a tomada de 12V – e rezar para que ele não quebre muito rápido.
Repetidores de seta nos retrovisores ou para-lamas
É muito comum que os motoristas não tenham campo de visão suficiente para ver se a seta do carro ao lado está ligada. Um repetidor de seta nos espelhos externos ou mesmo nos para-lamas resolve o problema – ainda mais nos carros cujo pisca fica na parte interna, e não nas bordas dos faróis. Aliás, o equipamento é item de segurança obrigatório na Europa.
No Brasil, como não há legislação específica, nem mesmo modelos completos como o Chevrolet Cruze têm repetidores nas laterais – o modelo vendido nos Estados Unidos conta com o recurso nos retrovisores.
Indicador de marcha em carros automáticos
É normal que veículos com transmissão automática não mostrem no painel em qual marcha o câmbio está funcionando (a não ser que esteja em modo sequencial). Só que isso faz muita falta para motoristas que desejam analisar mais a fundo o funcionamento do conjunto de motor e câmbio em diferentes momentos – como por exemplo a marcha que está sendo utilizada em regime de cruzeiro na estrada.
Para acompanhar a evolução das marchas, os carros poderiam adotar a solução de alguns Volkswagen e Audi: a marcha em uso é indicada ao lado do onipresente “D” em modo automático.
Botão de volume giratório
Teclas e comandos são projetados para ser intuitivos. Ou seja, para que o motorista não precise desviar sua atenção ao operá-los. Mas nem sempre é assim. Controlar o volume pela tela touchscreen é quase perigoso: você não tem a identificação tátil (portanto precisa olhar para onde está encostando), e o acionamento costuma demorar.
Ainda não inventaram maneira mais rápida e segura de ajustar o volume do que através do botão giratório, principalmente quando é necessária uma mudança drástica – ou quando você se esquece de que há aquele botão de função Mudo no volante.
Ajuste milimétrico dos bancos
Existem motoristas que não conseguem dirigir enquanto não encontram a inclinação perfeita para o encosto do banco. Quando o ajuste é feito por alavancas, exigindo o trabalho do corpo para realizar o movimento, fica quase impossível fazer uma regulagem milimétrica – trata-se de um impedimento técnico do equipamento, que funciona por catracas.
O sistema de polia, acionado por comando giratório, é a melhor solução. Nem deve custar mais caro – mas algumas mnotadoras, talvez por teimosia, preferem torturar o condutor em busca da posição de dirigir mais adequada.
Vidros elétricos com função “um-toque”
Esse recurso permite que os vidros sejam abertos ou fechados totalmente com apenas um toque no botão. Alguns carros atuais nem contam com o sistema, como o Up!. Outros têm a função apenas para o motorista, caso da maioria dos carros de origem asiática.
Neste último caso, acaba tornando-se comum o condutor se esquecer de fechar completamente os outros vidros, deixando frestas abertas nas portas sem a função um-toque.
Marcador de temperatura do líquido de arrefecimento
Os fabricantes têm optado por eliminar esse indicador de seus carros. Sua função é mostrar variações de temperatura que podem indicar falha no motor. Contudo, é raro ver um motor moderno (lê-se com menos de 20 anos) superaquecer.
Por causa disso, as fábricas estão suprimindo o termômetro – só a luz-espia denuncia a temperatura excessiva do propulsor. O problema é que quando a luz-espia acende, o problema já foi consumado. Pelo menos em teoria, um termômetro convencional pode indicar ao motorista que algo não está certo com mais antecedência, antes de o motor ferver.
Faróis com desligamento na chave
Não existe alerta de faróis ligados tão eficiente quanto a solução mais simples de todas: desativar as luzes quando o carro é desligado. Modelos um pouco mais sofisticados possuem sensor crepuscular (ou função Auto). E diversos carros disparam um alarme sonoro quando as portas são abertas com os faróis ligados e a chave fora do contato.
Quando nenhuma dessas funções estão disponíveis, entretanto, as histórias de luzes ligadas e bateria descarregada se acumulam – principalmente de dia, quando a percepção de que os faróis estão acesos é menor.
Velocímetro digital
Os velocímetros analógicos não precisam necessariamente ser substituídos por telas de alta definição. Mas ter o velocímetro digital de apoio no computador de bordo ajuda bastante.
Se você vive em cidades – ou roda por estradas – povoadas de radares, o velocímetro digital é ainda mais útil, permitindo manter-se no limite de velocidade com mais precisão.
Função um-toque para seta
Basta um leve toque na haste de seta e o indicador pisca três vezes. Ou cinco, no caso dos Fiat e Jeep. O recurso é útil em mudanças de faixa, em que essas breves piscadas são suficientes para alertar os motoristas ao redor. Isso também evita que o motorista tenha de desarmar a seta após a manobra.
Mesmo assim, modelos de sucesso (e nem um pouco baratos) como Hyundai HB20 e Toyota Etios não têm o um-toque nem em suas versões mais caras.
Vidros com fechamento global
Pelo menos no Brasil, há um mistério envolvendo o sistema de vidros elétricos que se fecham sozinhos quando o carro é trancado pela chave. Pouco tempo atrás, até modelos populares como a linha Gol e o Ford Ka ofereciam o equipamento – que garante que nenhum vidro fique aberto quando você aciona a trava.
Hoje, eles estão cada vez mais restritos aos modelos mais caros. E são diversos os exemplos de veículos de categoria superior que não contam com tal comodidade. Não há justificativa para isso: é possível ativar a função com um módulo eletrônico vendido como acessório, com preços a partir de R$ 60.